Na prática da escrita, podemos detectar certa angústia quando não se dá conta escrever um romance ou uma narrativa longa, não podendo avançar a escrita para além da forma do fragmento. A oficina busca responder a esse conflito, tentando encarar o fragmento como uma potencialidade absoluta de escrita, e não um problema a ser corrigido ou solucionado.
Vamos passar por fragmentos do passado – como os restos de poemas que recebemos de Safo, uma poeta grega que viveu entre os séculos VII e VI a.C. – e pela escrita fragmentária dos séculos XIX, XX e XXI, como os autores que leremos: Roland Barthes, Kafka, Flávia Péret, Lydia Davis, Thomas Bernhard, Annie Ernaux, Igor Reyner, Nastassja Martin, Ana Cristina César, Svetlana Aleksiévitch, Bruna Kalil Othero, Marília Garcia, Ieda Magri, Machado de Assis e Luiza Camisassa. Buscamos entender, nesses cinco encontros entre teoria, exercício e prática, o fragmento, seu cheio e vazio, como a bela parte de uma possível estrutura maior, mas também na suficiência de sua insuficiência.
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